O espaço tecnológico às vezes nos apresenta desafios inesperados acompanhados de algumas decepções. Um desses eventos envolveu o Spotify e o seu ingresso em território pouco familiar: o mercado de hardware. Infelizmente, a criação deles, conhecida como Spotify Car Thing, embora recheada de boas intenções, não alcançou o sucesso esperado e deixou para trás não apenas hardware atenuado, mas também questionamentos sobre sua utilidade.
Recentemente, determinou-se que o firmware do Car Thing encontra suas raízes na fonte mais democrática e aberta que existe: o código aberto. No entanto, mesmo esta revelação de natureza estimulante acaba esbarrando em limitações pragmáticas. O dispositivo, que surgiu como uma promessa de segurança e comodidade para os usuários que queriam uma interface exclusiva para seus streaming de músicas durante a condução, hoje não passa de um objeto de valor questionável.
Spotify Car Thing: Além de código aberto, o que nos oferece?
Numa época em que despertamos para a importância da personalização e do direito ao reparo, a descoberta do código-fonte do Car Thing ser aberto soa como música aos ouvidos dos entusiastas. Contudo, descobertas feitas por Josh Henderickson nos mostram que, mesmo com esta pequena vitória para a filosofia do open source, o produto em questão encontra-se fadado à obsolescência.
A parcimônia nos recursos do software do dispositivo – essencialmente um browser simplificado, e o uso de um chip Amlogic de poder restrito, nos fazem questionar qual seria o papel futuro deste objeto no ecossistema tecnológico atual.
O potencial para execução de código customizável, como teorizado por Henderickson, encontra um bloqueio substancial na capacidade limitada do chip, derrubando as esperanças de qualquer possível renascimento inovador deste produto.
Fica claro que, ao menos por enquanto, não poderemos ver nenhuma revolução surgir deste dispositivo que, em tempos mais otimistas, poderia ter sido um acompanhante inovador para muitos motoristas.
A pesar das limitações e do curto ciclo de vida do Spotify Car Thing, podemos pelo menos retirar uma lição valiosa sobre a importância de adaptar as inovações às necessidades práticas e as ressalvas do desenvolvimento de hardware em um mundo dominado por grandes players.
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