sexta-feira, junho 28, 2024
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Steven Spielberg: Os tropeços de um gigante e o direito ao erro

Conhecido mundialmente por clássicos que marcaram gerações e revolucionaram a indústria cinematográfica, Steven Spielberg tem, em seu currículo, mais do que sucessos estrondosos de bilheteria – ele tem também obras que, apesar de qualidades indiscutíveis, não atingiram o esperado sucesso comercial. E o próprio cineasta afirmou, com um misto de resignação e orgulho, ter conquistado o direito de falhar comercialmente.

No documentário “Spielberg”, lançado em 2017 e dirigido por Susan Lacy, o diretor de icônicos filmes como “E.T. – O Extraterrestre” e “Jurassic Park” abre seu coração, discorrendo sobre as conquistas e tropeços de sua carreira premiada. Grandes nomes como Francis Ford Coppola, Tom Hanks e George Lucas integram a narrativa, contextualizando a importância de Spielberg no panorama do cinema.

Os desafios fora da zona de conforto

A honestidade de Spielberg permite um olhar íntimo sobre o que ele vê como os deslizes de sua trajetória. O diretor revelou durante o documentário sentir-se fora do seu elemento ao abordar temas complexos e distantes de sua vivência em filmes como “A Cor Púrpura”. O longa, que narra a dura realidade de uma mulher negra vivida por Whoopi Goldberg no sul dos EUA durante os anos de 1930, recebeu 11 indicações ao Oscar e teve um desempenho expressivo nas bilheterias, mas, mesmo assim, Spielberg reconhece que não fez justiça à obra original ganhadora do Pulitzer.

Já em “Império do Sol”, que maculou a bilheteria com um faturamento inferior ao seu orçamento de produção – 22 milhões de dólares contra 35 milhões gastos –, Spielberg narra a história de um garoto de 11 anos, papel desempenhado por um jovem Christian Bale, obrigado a amadurecer de súbito durante a invasão da China pelo Japão.

Ambos os filmes, apesar de não desfrutarem do retorno financeiro esperado, são aclamados pela crítica e provam que mesmo os venerados ás vezes tropeçam. Os baixos resultados de bilheteria se tornam pequenos frente ao conjunto da obra de Spielberg, que já soma mais de 10 bilhões de dólares acumulados. Esses filmes, retrospectivamente, são também um testamento da coragem de um cineasta em se aventurar narrativas fora de sua zona de conforto, pagando o preço que for necessário por suas escolhas artísticas.

Aqui, no TecMania, valorizamos tanto os blockbusters quanto os filmes que, apesar de não alcançarem o esperado sucesso comercial, trazem qualidade cinematográfica e contribuição cultural. E para os amantes da sétima arte que gostam de ficar por dentro de todas as curiosidades e novidades, lembrem-se de ouvir o OdeioCinema no Spotify ou na sua plataforma de áudio favorita e de se integrar ao nosso Canal no WhatsApp – seja um Adorer de Carteirinha e celebre o cinema em todas as suas formas!

Alan
Alanhttps://tecmania.com.br
Apaixonado por tecnologia e viciado em séries, que escreve para o TecMania nas horas vagas. Jogador amador de Fortnite que nunca aprendeu a construir no game rs.
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