A série de jogos Yakuza, atualmente conhecida como Like A Dragon, tornou-se sinônimo de uma narrativa adulta, infiltrada por elementos como violência, criminalidade e questões sexuais. No entanto, o desenvolvimento desses jogos nem sempre ocorreu de maneira tranquila, encontrando contratempos especialmente junto à própria publicadora dos jogos, a Sega.
O criador da série, Toshihiro Nagoshi, em uma entrevista recente, revelou detalhes de seus embates com a Sega para manter certos conteúdos no jogo. Ele humoristicamente lembrou de ter “lutado” para garantir a inclusão de profissionais do sexo nos jogos da franquia.
No processo de criação, visando contornar as restrições e apresentar as áreas de prostituição de uma forma aceitável, Nagoshi utilizou-se de recursos narrativos para deixar implícito o que acontecia, como fazer com que a cena cortasse para uma tela rosa após o protagonista encontrar uma profissional do sexo. Essa escolha, por usar a cor rosa — comumente associada ao sexo — acabou gerando ainda mais controvérsia dentro da Sega. Nagoshi argumentou com seus superiores que sua escolha de design não tinha a intenção de ser provocativa, mas sim uma questão de perspectiva artística e moral.
A postura obstinada de Nagoshi prevaleceu, e hoje, os jogos da franquia Yakuza são reconhecidos por um conteúdo mais maduro, que inclui temas adultos. Esse resultado foi celebrado tanto pelos desenvolvedores quanto pelos jogadores que apreciam a profundidade e a complexidade que esses elementos trazem para a experiência do jogo.
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