Virgínia planeja proibir celulares em salas de aula visando saúde mental

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A iniciativa da Virgínia, liderada pelo Governador Glenn Youngkin, pretende estabelecer uma política de restrição ou proibição total do uso de celulares e outros dispositivos similares em ambientes escolares durante o horário de aula. A medida, que tem como objetivo melhorar o foco dos alunos e também a saúde mental deles, surge como uma maneção ao crescente debate sobre o papel disruptivo que a tecnologia pessoal pode desempenhar em contextos de aprendizado.

A Ordem Executiva 33, emitida por Youngkin, destaca a necessidade de definir o que seria uma “educação sem celular” e levanta a discussão de quando o uso do dispositivo poderia ser permitido para fins de emergência ou comunicação essencial.

Além disso, o Departamento de Educação da Virginia está encarregado de trabalhar juntamente com os Departamentos de Saúde e Saúde e Serviços Humanos para determinar as melhores práticas para implementar tal restrição. As escolas podem ter que disponibilizar recursos como bolsas ou armários que limitem o acesso aos dispositivos, mantendo uma linha de comunicação aberta para contatos de emergência.

Com a política visando a promoção da saúde mental dos jovens, pesquisas citadas na diretriz apontam que há uma correlação significativa entre o uso em excesso das mídias sociais e o risco aumentado de problemas relacionados à saúde mental. Outra pesquisa enfatiza que o uso dos celulares durante as aulas pode causar distrações, diminuir a aprendizagem e, por consequência, reduzir o rendimento escolar dos alunos.

Um total de US$ 500.000 foi destinado pelo estado para a iniciativa, com parte dos fundos alocados para o desenvolvimento e divulgação das práticas sugeridas. Espera-se que as diretrizes finais sejam apresentadas até 16 de setembro de 2023 e que a implementação da política de proibição esteja em vigor antes do dia 1º de janeiro de 2025.

Para que a política seja abrangente e adequadamente ajustada às necessidades da comunidade escolar, sessões de escuta serão conduzidas para receber o feedback do público, tanto dos profissionais da educação quanto dos estudantes e suas famílias.

A ansiedade gerada pela constante conexão e a chamada “distracted mind epidemic” tornam a ordenança da Virgínia uma das muitas tentativas ao redor do mundo de lidar com o impacto da era digital na educação e desenvolvimento infantil. Com esta iniciativa, a Virgínia junta-se a um número crescente de estados procurando trazer o foco de volta à sala de aula e fortalecer a saúde mental dos estudantes.