A NASA recentemente marcou seu retorno à Lua com a Peregrine Mission One, lançada a bordo do foguete Vulcan da United Launch Alliance. Esta missão, no entanto, vem acompanhada de uma controvérsia: o transporte de restos mortais humanos para a Lua.
Além de levar importantes instrumentos científicos para a superfície lunar, a Peregrine Mission One está transportando cargas da Elysium Space e da Celestis, que incluem restos mortais cremados e amostras de DNA de várias pessoas. Estes serviços funerários lunares foram adquiridos por clientes que pagaram mais de 12.995 dólares por este serviço exclusivo.
Esta ação tem gerado críticas, especialmente de tribos de nativos americanos. O presidente da Nação Navajo, Buu Nygren, expressou formalmente decepção com a NASA e o Departamento de Transportes dos EUA, destacando o simbolismo sagrado da Lua em várias culturas indígenas. A Nação Navajo considera o ato de depositar restos humanos na Lua como uma profanação deste espaço sagrado.
A NASA já enfrentou críticas semelhantes no passado, como durante a missão Lunar Prospector em 1998, que também transportou restos mortais para a Lua. Em resposta às preocupações atuais, a NASA reconheceu a importância das queixas levantadas pela Nação Navajo e afirmou que continuará o diálogo com a comunidade.
Por outro lado, a Celestis defendeu sua ação, afirmando que nenhuma cultura ou religião deve exercer veto sobre missões espaciais com base em princípios religiosos. A empresa enfatizou que respeita o direito de todas as culturas de se envolverem em práticas religiosas, mas também defendeu a legitimidade de suas atividades comerciais.
A missão Peregrine representa uma nova fronteira na exploração espacial comercial e levanta questões éticas importantes sobre o uso do espaço e a preservação de locais considerados sagrados por diferentes culturas. À medida que a exploração espacial avança, o equilíbrio entre o progresso científico e o respeito pelas diversas crenças culturais e religiosas continua a ser um desafio significativo.
