Recentemente, Jensen Huang, CEO da Nvidia, fez uma aparição surpresa na China, percorrendo cidades onde a empresa tem subsidiárias, como Pequim, Xangai e Shenzhen. Essa visita não anunciada acontece em um contexto delicado para a Nvidia, que enfrenta desafios significativos no mercado chinês, especialmente no setor de chips de inteligência artificial (IA).
A Nvidia, conhecida por seus chips de alta performance, viu suas ações recuarem quase 5% em meio a preocupações com as restrições de exportação impostas pelos EUA e a crescente competição de empresas locais, como a Huawei. Essas restrições governamentais visam limitar o acesso da China a tecnologias avançadas, o que afeta diretamente o negócio da Nvidia no país.
A Huawei tem avançado como uma forte concorrente, ganhando terreno com pedidos significativos para seus chips Ascend 910B e planejando lançar um novo chip de IA avançado em breve. Empresas estatais chinesas têm favorecido a utilização de chips locais, e a tendência é que a China desenvolva cada vez mais suas próprias tecnologias de IA, reduzindo a dependência de fornecedores externos como a Nvidia.
Huang, em sua visita, focou em animar suas equipes, participando de festas antecipando o ano novo chinês e até dançando Yangko, uma dança folclórica do norte da China. Essa foi a primeira visita de Huang à China desde o início da pandemia, destacando a importância do mercado chinês para a Nvidia.
Essa situação coloca a Nvidia em uma posição desafiadora, onde precisa equilibrar as demandas dos reguladores dos EUA e as necessidades do mercado chinês. A empresa enfrenta a difícil tarefa de manter sua participação no mercado chinês, ao mesmo tempo em que se adapta às regulamentações e pressões políticas internacionais.
