No mais recente capítulo da tensão comercial entre China e Estados Unidos, o governo americano impulsionou uma proibição significativa, vetando a Qualcomm e a Intel de fornecerem quaisquer tipos de chips à gigante tecnológica chinesa Huawei. A informação, que circulava inicialmente como rumor pela Bloomberg, foi posteriormente confirmada por autoridades, incluindo Michael McCaul, presidente da Comissão de Relações Exteriores dos EUA.
A restrição abrange todos os tipos de semicondutores, incluindo aqueles que não estão relacionados com a tecnologia 5G, o que poderá ter graves repercussões nas operações da Huawei, inclusive no mercado de computadores pessoais, onde a empresa utilizava predominantemente chips da Intel. Diante desse cenário, mesmo uma hipotética alternativa como recorrer à AMD parece inviável, considerando o atual panorama regulatório.
A hostilidade comercial entre a Huawei e os Estados Unidos remonta a anos atrás, tendo se intensificado durante o governo de Donald Trump. Este impôs restrições severas que proibiam não somente empresas americanas, mas também aquelas que utilizavam tecnologia norte-americana, de comerciar com a Huawei devido a suspeitas de que a empresa representasse uma ameaça à segurança nacional. Desde então, a Huawei foi obrigada a procurar alternativas para contornar a perda de parceiros fundamentais, como Qualcomm e Google, além de sofrer limitações em sua capacidade de produção de chips devido ao distanciamento de fundições líderes como Samsung e TSMC.
Com essa proibição total, a Huawei enfrenta desafios ainda maiores para manter sua competitividade no mercado global de tecnologia, o que pode acarretar consequências não apenas para a empresa, mas o setor tecnológico como um todo.
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