Em meio às repercussões do documentário “Ashley Madison: Sexo, Mentiras e Escândalo”, o principal executivo da empresa-mãe da plataforma de encontros extraconjugais Ashley Madison, Paul Keable, compartilhou sua perspectiva sobre um dos temas mais controversos da sociedade: a infidelidade. Dexerto, uma plataforma de notícias e entretenimento, pôde extrair do CSO da Ruby Life Inc. insights acerca do principal equívoco que ronda os atos de traição amorosa.
O lançamento da série da Netflix trouxe à tona o infame hack de 2015, evento que expôs informações pessoais de milhões de usuários. Entretanto, a polêmica que se seguiu focou não apenas no ato ilegal de violação de dados, mas nos usuários que buscavam relações fora do casamento, assim como no próprio aplicativo que oferece tais oportunidades discretas. Keable argumenta que a rápidez no julgamento é um erro, assinalando que muitos assinantes do serviço mantêm um amor profundo por seus parceiros.
A compreensão errônea da natureza da infidelidade, segundo ele, não reconhece que indivíduos buscando relacionamentos paralelos muitas vezes não querem ferir seus cônjuges nem desfazer laços familiares complexos e profundos. A plataforma surge como uma opção para aqueles que anseiam por uma experiência extramatrimonial sem consequências diretas em seu compromisso principal.
Keable aponta também a diversidade de situações que conduzem à traição, sublinhando que não se trata de um fenômeno unilateral. A dor resultante da descoberta de um affair é inegável, mas ele sugere que o objetivo da Ashley Madison é facilitar uma aventura sem ser pego, permitindo assim que as necessidades sejam satisfeitas sem danos aparentes à parceria original.
Em alguns casos, a mera conversa com outra pessoa é suficiente para satisfazer desejo de novidade sem levar a uma traição física. Keable acredita que, ainda que controverso, o serviço da Ashley Madison tenha o potencial de salvar casamentos, ao invés de destruí-los, atendendo a anseios que, de outra forma, poderiam levar a rupturas mais dramáticas.
Com a recente atenção atribuída ao documentário e os debates acalorados que se seguiram, a complexidade do tema da infidelidade promete continuar a gerar discussões e reflexões, especialmente com o olhar voltado para as razões que levam indivíduos comprometidos a buscar conexões fora de suas relações estabelecidas.
