A OpenAI, a empresa por trás do desenvolvimento do ChatGPT, declarou que é impossível criar ferramentas avançadas de inteligência artificial como o ChatGPT sem acessar material protegido por direitos autorais. Esta afirmação surge em um contexto de crescente pressão sobre as empresas de IA em relação ao conteúdo usado para treinar seus produtos. A OpenAI argumenta que, dado o amplo escopo dos direitos autorais hoje, que cobrem quase todas as formas de expressão humana, seria inviável treinar os principais modelos de IA atuais sem utilizar material protegido por direitos autorais.
A empresa acrescentou que restringir o material de treinamento a livros e desenhos que estão fora dos direitos autorais resultaria em sistemas de IA inadequados. Por exemplo, utilizar apenas dados de domínio público de mais de um século atrás poderia ser um experimento interessante, mas não atenderia às necessidades dos cidadãos atuais.
A defesa da OpenAI e de outras empresas de IA quanto ao uso de material protegido por direitos autorais geralmente se baseia na doutrina legal do “uso justo”, que permite o uso de conteúdo em determinadas circunstâncias sem a permissão do proprietário. No entanto, esse argumento enfrenta desafios legais, como demonstrado por processos recentes, incluindo um do New York Times contra a OpenAI e a Microsoft, acusando-as de uso ilegal de seu trabalho para criar seus produtos.
