O universo dos games da Microsoft está passando por uma fase de transição e rebranding significativo, marcado por acontecimentos que sugerem uma redefinição no foco e na estratégia da unidade de negócios até então conhecida como Xbox. Segundo relatos de ex-funcionários, a gigante da tecnologia está redimensionando suas operações de jogos diante das últimas aquisições e desafios do mercado, culminando no que muitos internamente passaram a chamar de “Microsoft Gaming”.

Recentemente, a empresa balançou o cenário dos videogames ao anunciar o fechamento de quatro estúdios e pela incerteza quanto ao futuro de títulos renomados, a exemplo de Call of Duty no serviço Game Pass. A compra da Activision Blizzard parece ter desempenhado um papel crucial nessas mudanças, com a Microsoft investindo pesadamente — cerca de $70 bilhões — e lidando com extensas batalhas legais por quase dois anos.

Baseando-se em um artigo publicado pelo portal americano IGN, que conversou com antigos membros veteranos do time Xbox, a atual estrutura e as decisões da divisão de jogos agora refletem um comando mais centralizado e alinhado às estratégias corporativas amplas da Microsoft. De acordo com as fontes, hoje, há uma percepção de que “não é mais Xbox, mas sim Microsoft Gaming”.

A reportagem evidencia um crescimento exponencial no número de funcionários, saindo de algumas centenas na era do Xbox 360 para quase 30.000 atualmente, o que representa não apenas um aumento de escala, mas também uma complexidade muito maior na gestão e na integração de novas empresas como a Bethesda e Activision Blizzard — esta última sendo três vezes o tamanho da Xbox.

Segundo os relatos dos ex-funcionários, as decisões de compra de estúdios e outras grandes movimentações agora passam principalmente por Satya Nadella e Amy Hood, CEO e CFO da Microsoft, respectivamente. Uma possível mudança da visão original de Phil Spencer, conhecido por ser uma figura central na liderança do Xbox.

Os efeitos colaterais dessas aquisições, combinados com a recessão pós-COVID, a desaceleração do Game Pass e o aumento dos custos e desafios jurídicos, levaram a um reposicionamento estratégico. Algumas fontes internas acreditam que o conselho da Microsoft optou por fortalecer a participação no mercado de jogos, mas agora precisa lidar com as fluctuações econômicas e garantir que a divisão de games não puxará os resultados financeiros da empresa para baixo.

Apesar de os detalhes divulgados serem baseados no ponto de vista de ex-colaboradores e, portanto, não representarem uma declaração oficial da Microsoft, a situação aponta para uma reavaliação do papel que os jogos desempenham na estratégia maior da corporação e como essas mudanças podem remodelar o futuro daquilo que conhecemos como Xbox.

A comunidade gamer está em polvorosa com a perspectiva de jogar Crash Bandicoot N. Sane Trilogy, um dos títulos mais queridos e nostalgia-induzidos, através do Game Pass da Microsoft. A versão remasterizada do querido marsupial criado nos anos 90 parece estar a caminho do serviço por assinatura, conforme sugerem os movimentos recentes da empresa após a aquisição da Activision Blizzard.

O sucesso de Diablo 4 no Game Pass foi apenas o começo, sinalizando que mais títulos da gigante dos games podem enriquecer o catálogo em breve. O anúncio de uma página oficial na Microsoft Store para Spyro Reignited Trilogy foi interpretado como um prelúdio para a estreia de Crash Bandicoot N. Sane Trilogy no PC, o que gerou ainda mais entusiasmo no meio.

Normalmente, os games ofertados no Game Pass PC utilizam a versão da loja da Microsoft, o que reforça a expectativa em torno da trilogia de Crash. No entanto, a ansiedade precisa ser contida, pois ainda não há uma data definida para a inclusão dos jogos no Game Pass, e a programação para Maio já conta com grandes lançamentos.

Com o Xbox Games Showcase previsto para Junho, os jogadores estão especulando que seria o palco ideal para a Microsoft anunciar a inclusão de jogos da Activision Blizzard no Game Pass, e entre eles, potencialmente, a trilogia remasterizada de Crash Bandicoot. O evento promete ser o cenário de grandes revelações, aumentando a expectativa dos fãs para esses futuros anúncios.

Definido para dinamizar o mercado mobile, a Microsoft está pronta para lançar sua própria loja de aplicativos móveis em julho. A gigante do software vê grande potencial no setor mobile, uma realidade ainda mais palpável após sua aquisição de $70 bilhões da Activision Blizzard e, por tabela, da King — notória por seu mega sucesso Candy Crush Saga.

Conforme anunciado por Sarah Bond, presidente da Xbox, em uma reportagem do Bloomberg, a Microsoft busca não somente ingressar mas também disputar uma fatia significativa do mercado atualmente dominado pela Apple e Google. A nova loja surge como uma plataforma promissora para desenvolvedores, que podem se beneficiar de políticas de taxas mais atraentes se comparadas às ofertas das gigantes da tecnologia existentes.

O lançamento inicial da loja mobile da Microsoft será marcado pela presença exclusiva de títulos internos, entre eles o sucesso de bilheteria do mobile, Candy Crush Saga. A longo prazo, a estratégia inclui abrir espaço para que diversas editoras passem a disponibilizar seus jogos na plataforma.

Uma novidade relevante é que a loja não funcionará como um aplicativo tradicional, e sim será acessível diretamente pela web. O intuito é permitir uma cobertura abrangente, tornando-a acessível “em todos os dispositivos, em todos os países, independente das políticas de ecossistemas fechados”, segundo palavras de Bond. Este aspecto é crucial em um mercado que valoriza a versatilidade e a liberdade de escolha.

O mercado de jogos mobile é, no momento, o segmento mais lucrativo da indústria de jogos, e com a Microsoft fazendo movimentos estratégicos, como a aquisição de grandes títulos e IPs, o panorama dos jogos para dispositivos móveis pode estar prestes a vivenciar uma renovação significativa. A chegada da loja mobile da Microsoft é, sem dúvida, um acontecimento a ser observado de perto.

O aclamado jogo “Ghost of Tsushima”, sucesso entre os fãs de aventura e ação em mundo aberto, enfrenta problemas de distribuição em regiões onde a PlayStation Network (PSN) não opera. A situação veio à tona após o anúncio de que “Ghost of Tsushima” seguiria os passos de “Helldivers II”, não necessitando de uma conta PSN para jogar o modo campanha. Contudo, uma reviravolta afeta a disponibilidade do game.

Recentemente, informações compartilhadas no Reddit revelaram que a Sucker Punch Productions, produtora do jogo, decidiu suspender a venda de “Ghost of Tsushima” nas áreas onde os jogadores não têm acesso à PSN. A restrição tem impacto significativo no componente multiplayer do jogo, chamado Legends, que exige uma conta vinculada à PSN para ser jogado.

Um comunicado supostamente enviado pela Green Man Gaming, uma loja digital de jogos, esclareceu a situação, destacando que os modos multiplayer do “Ghost of Tsushima” exigirão a associação com uma conta PSN. Como resultado, o jogo foi retirado da venda nessas regiões, e os clientes que já haviam realizado a pré-compra serão reembolsados integralmente, processo que pode levar até uma semana.

Apesar da confirmação de que a ausência da PSN seria um empecilho para a venda do jogo nessas localidades, a falta de detalhes adicionais levanta dúvidas entre os jogadores. Muitos se perguntam se essa decisão afeta apenas a Green Man Gaming ou se será uma política mais ampla aplicada a outras lojas e regiões.

A comunidade gamer está à espera de um esclarecimento oficial tanto da Sony quanto da Sucker Punch Productions sobre a situação. Enquanto isso, os fãs nas regiões afetadas lidam com a decepção de não poderem adquirir uma cópia de “Ghost of Tsushima” para suas plataformas de preferência.