sábado, abril 27, 2024
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Ex-Engenheiro do Google acusado de vender segredos de IA para concorrentes na China

Um antigo colaborador do Google enfrenta acusações formais por, supostamente, desviar segredos comerciais da corporação para vendê-los a competidores chineses. Identificado pelo nome de Leon Ding, este indivíduo é acusado de duplicar documentos sigilosos ligados ao desenvolvimento de chipsets e programas de Inteligência Artificial (IA).

Lisa Monaco, a Vice-Procuradora-Geral da Califórnia, revelou em declaração à mídia que Ding estava em posse de aproximadamente 500 documentos sigilosos, os quais incluíam segredos comerciais vinculados à IA, mantendo relações clandestinas com corporações chinesas.

Os documentos expropriados eram predominantemente focados nos chips de Unidade de Processamento de Tensor (TPU) do Google, além de incluir designs de software para GPUs utilizadas nos centros de dados da empresa.

Para aqueles menos familiarizados, os TPUs do Google são essenciais para diversas operações de IA, oferecendo suporte ao treinamento e funcionamento de modelos de IA, como o Gemini.

De acordo com a promotoria, Ding realizou o furto dos documentos do Google de maneira discreta e contínua, iniciando em maio de 2022 e concluindo em maio de 2023. Ele transferia os documentos dos servidores do Google para sua conta pessoal na Google Cloud.

Adicionalmente, visando impedir a detecção dos arquivos pelo Google, ele transferia diversos dados para o Apple Notes em seu MacBook corporativo, convertendo-os posteriormente para PDF, método que burlava os sistemas do Google destinados à prevenção de furtos de dados.

O Departamento de Justiça dos EUA reportou que, menos de um mês após iniciar o furto dos documentos, Ding foi contatado por uma empresa chinesa de aprendizado de máquina, a Rongshu, que lhe propôs o cargo de CTO (Diretor Técnico).

Após receber a proposta, Ding realizou múltiplas viagens à China, e no final de 2023, resignou ao seu posto no Google e adquiriu uma passagem de ida para Pequim. Se condenado, enfrentará até 10 anos de reclusão e multas que podem alcançar US$ 1 milhão. No entanto, sua atual residência na China pode complicar qualquer tentativa de extradição.

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