O Jogo do Tigrinho, também conhecido como Fortune Tiger, emergiu como um fenômeno viral, mas logo se revelou uma farsa no mundo dos jogos de azar. Desenvolvido pela PG Soft, uma empresa estrangeira, o jogo é um tipo de caça-níquel digital com temática inspirada no zodíaco chinês, onde os jogadores apostam em roletas virtuais. Com promessas de ganhos rápidos e altos, atraiu a atenção das autoridades brasileiras, especialmente após a sua popularização através de influenciadores digitais nas redes sociais.
A proposta sedutora do jogo, baseada em um multiplicador da roleta que elevava significativamente os retornos das apostas, levou a muitos relatos de vício e perdas financeiras substanciais. A ilegalidade desses jogos no Brasil, como explicado por especialistas jurídicos, reside na falta de regulamentação, o que torna suas operações consideradas jogos de azar ilegais. Além disso, a maioria desses sites de apostas está sediada em paraísos fiscais, complicando ainda mais a fiscalização e a proteção dos direitos dos jogadores.
Influenciadores digitais desempenharam um papel crucial na divulgação do Jogo do Tigrinho, apresentando-o como uma fonte de renda e estilo de vida luxuoso. No entanto, investigações policiais revelaram que esses influenciadores estavam atuando ilegalmente, promovendo o esquema e lucrando com o cadastro de novos jogadores. Em Curitiba, alguns chegaram a ganhar até R$ 15 mil por campanha, enquanto a Polícia Civil do Maranhão apreendeu mais de R$ 1 milhão e veículos importados na casa de uma influenciadora. Essas ações destacam as lacunas na legislação brasileira e a responsabilidade dos influenciadores ao promoverem práticas questionáveis.
Portanto, o Jogo do Tigrinho, apesar de seu apelo inicial, acabou se tornando um exemplo de como os jogos de azar podem levar a consequências sérias, tanto legais quanto pessoais, e a necessidade de maior regulamentação e conscientização sobre essas práticas no Brasil.
