segunda-feira, março 10, 2025
No menu items!
HomePainel Discute Estratégias para Maximizar os Benefícios dos Dados Científicos na Sociedade

Painel Discute Estratégias para Maximizar os Benefícios dos Dados Científicos na Sociedade

Título: COP29: Brasil, Alemanha e Reino Unido Debatem o Papel da Ciência na Ação Climática

Durante a COP29, realizada em um estande intitulado "Ciência para Ação Climática", representantes do Brasil, Alemanha e Reino Unido se reuniram para discutir como a ciência pode servir de base para políticas públicas eficazes na luta contra a mudança climática. O painel, mediado pelo vice-coordenador da Rede Clima, Jean Ometto, teve como foco a interface entre ciência, comunicação, engajamento e a implementação de políticas que utilizem evidências científicas como fundamento.

A discussão, organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em colaboração com a Rede Clima, Instituto Alana e WWF-Brasil, foi impulsionada pelo lançamento do relatório "Mudança do Clima no Brasil – Síntese Atualizada e Perspectivas Estratégicas", que destaca a importância de integrar dados científicos na formulação de estratégias para enfrentar os desafios da mudança climática no Brasil.

O coordenador-geral de Ciência do Clima do MCTI, Márcio Rojas, enfatizou que a meta é demonstrar o que a ciência pode prever e quais ações são necessárias para mitigá-los. "Estamos contribuindo para que o Brasil siga em uma boa direção", reafirmou, sublinhando o compromisso nacional de utilizar a melhor ciência disponível, especialmente em relação aos objetivos de redução das emissões de gases de efeito estufa.

A experiência da Alemanha também foi trazida a partir das palavras de Ulf Jaeckel, chefe da Divisão de Adaptação à Mudança do Clima. Jaeckel salientou a importância da independência científica na formulação de políticas públicas, alertando que a perda dessa credibilidade compromete os esforços para enfrentar a crise climática.

O Reino Unido, por sua vez, foi apresentado por Emily Nurse, que detalhou o funcionamento de um comitê independente criado em 2008 para elaborar e monitorar as metas de redução de emissões. “Utilizamos evidências científicas para fornecer nossas recomendações”, disse Nurse, observando que o país já reduziu em 50% suas emissões em comparação a 1990 e busca uma redução de 81% até 2035.

Carolina Maciel, do Instituto Alana, abordou a vulnerabilidade das crianças às crises climáticas, revelando que cerca de 40 milhões de crianças no Brasil enfrentam riscos climáticos. Ela ressaltou a necessidade de que as políticas públicas incluam as vozes das crianças, que precisam ser parte das decisões que as afetam diretamente. "A linguagem precisa ser acessível", afirmou, enfatizando a importância de engajar a juventude nesse debate crucial.

Flavia Martinelly, da WWF-Brasil, completou a discussão ressaltando a necessidade de incluir as experiências de comunidades diretamente impactadas pela mudança climática na formulação de políticas. "Elas traduzem com muito mais urgência as questões da crise climática", afirmou, mencionando a experiência positiva no envolvimento de organizações comunitárias na Amazônia.

O painel evidenciou não apenas a importância da ciência na construção de políticas públicas ambientais, mas também a necessidade de engajamento social e acessibilidade das informações para que ações efetivas sejam implementadas. A luta contra a mudança climática requer uma abordagem abrangente que respeite e incorpore diversos conhecimentos e perspectivas.

Perguntas Frequentes

  1. Qual é o objetivo do painel apresentado na COP29?
    O painel buscou discutir como as sociedades podem usar dados científicos para enfrentar a mudança climática, apresentando perspectivas do Brasil, Alemanha e Reino Unido sobre o tema.

  2. Como o Brasil está utilizando a ciência em suas políticas climáticas?
    O Brasil está incorporando evidências científicas em sua nova meta de redução de emissões e na construção do novo Plano Clima, buscando uma direção mais eficaz na luta contra a mudança do clima.

  3. Por que é importante a independência científica na formulação de políticas públicas?
    A independência científica é crucial para manter a credibilidade das informações utilizadas em políticas públicas. Sem essa credibilidade, as ações podem ser comprometidas e menos eficazes.

  4. Como o Reino Unido está gerenciando suas emissões de gases de efeito estufa?
    O Reino Unido estabeleceu um comitê independente que elabora recomendações e monitora o progresso de redução das emissões, com metas progressivas definidas com base em evidências científicas.

  5. Qual é o papel das crianças na discussão sobre mudança do clima?
    As crianças são extremamente vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas e devem ser incluídas nos debates e na formulação de políticas, dado que são um nicho significativo da população afetada pela crise climática.

Fonte

RELATED ARTICLES
- Publicidade -

Most Popular

Recent Comments